Reprodução/National Geographic
Uma nova prática tem ganhado força na pesca amazônica – a transformação da pele do peixe pirarucu em bolsas. O fenômeno é recente no mercado, e a Nova Kaeru é pioneira no ramo. Segundo o site oficial da NK, a empresa se preocupa em impactar de forma positiva o meio ambiente, ao mesmo tempo em que respeita as tradições amazônicas.
Além disso, a Nova Kaeru realiza o manejo sustentável dos pirarucus e trabalha junto as comunidades indígenas e ribeirinhas. A instituição também utiliza a pele de salmão para confeccionar bolsas e outros acessórios sustentáveis. A pele desse peixe, aliás, tem sido uma das mais procuradas no setor.
Bolsa com pele de peixe – Nova Kairu

Mas a estrela mesmo é o pirarucu. Esse peixe também é conhecido como arapaima, e é considerado um peixe de respiração aérea e de água doce. O exemplar é gigantesco, podendo alcançar 4 metros de comprimento e pesar até 200kg. A espécie está presente em rios, lagos e pântanos da Amazônia.
Tem cabeça afunilada, verdes-acobreadas, bocas voltadas para cima e corpos cheios de escamas com coloração preta, e centro branco. O nome do peixe possui origem indígena e significa “peixe vermelho.” Se alimentam de peixes, mas também podem consumir insetos e sementes.
É uma ótima fonte de proteína.
Também são predadores e conseguem pular para fora da água e caçar aves, lagartos, e até mesmo pequenos primatas. Fonte – National Geographic.
Por muito tempo, os pirarucus sofreram com a extinção, mas agora tem consumo controlado.
A pesca teve início pela influência indígena e ganhou novas formas por influência dos colonizadores, e se tornou uma das principais fontes de renda da população rural e ribeirinha. Em resumo, a prática é dividida em três modalidades:
- Pesca artesanal – caracterizada pela mão de obra familiar
- Pesca industrial – pesca realizada por grandes embarcações e equipamentos
- Pesca esportiva – É aquela realizada somente para turismo e lazer
A boa notícia é que os órgãos responsáveis aumentaram a fiscalização da pesca nos estados brasileiros, visto que muitos pescadores acabavam por prejudicar o meio ambiente e praticavam a atividade de forma predatória. Agora, existe um controle assíduo em relação a quantidade de pescados capturados, preservando as espécies.
Segundo a BBC, O pescador amazonense e vice-presidente da Federação dos Manejadores e Manejadoras de Pirarucu de Mamirauá (Femapam), Pedro Canízio, se chocou ao ver o preço em que esses acessórios eram vendidos. E nem tudo são flores. Apesar das novas regras, os pescadores não estão recebendo o devido valor pelo trabalho realizado.
Após a captura dos peixes, as iguarias são levadas até os frigoríficos, onde serão processados. Mas uma pesquisa da Operação Amazônica revelou que 95% das peles são comercializadas por apenas sete frigoríficos, deixando as os pescadores ribeirinhos com uma participação mínima no mercado.
Principais produtos confeccionados com pele de peixe:
- Bolsas e carteiras
- Sapatos
- Roupas
- Decoração
- Óculos de sol
Renata Pinheiro e Vanessa Machado, donas da Made por Elas – loja online de acessórios internacional, lançou uma coleção em junho desse ano feita com pele de peixe importada do Brasil, e os óculos de sol são feitos com revestimento de pescados de água doce.