Reprodução / Instagram @flamengo
O julgamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, foi adiado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta segunda-feira (10/11). O auditor Marco Aurélio Choy pediu vista do processo, o que interrompeu a sessão antes da conclusão dos votos. O caso deve ser retomado ainda nesta semana, provavelmente entre quinta e sexta-feira.
Antes da pausa, o relator Sérgio Furtado Filho votou pela absolvição do jogador no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de manipulação de resultados, infração que pode render até 12 partidas de suspensão. Apesar disso, o relator entendeu que Bruno Henrique descumpriu o regulamento, aplicando uma multa de R$ 100 mil, mas sem afastamento dos gramados.
Em seu voto, Furtado afirmou que as provas não são suficientes para sustentar a acusação de manipulação.
“O material apresentado não comprova que o atleta tenha agido de forma deliberada para alterar o resultado do jogo. Há indícios de apostas suspeitas, mas nada que mostre uma ação coordenada com o irmão ou terceiros”, explicou.
Com o pedido de vista, os demais auditores terão mais tempo para analisar o processo. Enquanto isso, Bruno Henrique continua liberado para atuar pelo Flamengo, já que segue com efeito suspensivo até o julgamento ser finalizado.
Relembre o caso
O episódio que originou a denúncia aconteceu em um jogo contra o Santos. Na ocasião, Bruno Henrique, que já estava pendurado com dois cartões amarelos, fez uma falta em Soteldo no campo ofensivo e recebeu mais um cartão. Na sequência, reclamou com o árbitro Rafael Klein e acabou expulso.
No dia 1º de agosto de 2025, a Procuradoria do STJD denunciou o atacante e outras quatro pessoas por envolvimento em um suposto esquema de manipulação de resultados ligados a apostas esportivas. A acusação sustenta que o jogador teria cometido faltas de propósito para receber cartões e gerar lucro aos apostadores.
Além do processo esportivo, Bruno Henrique também é investigado pela Polícia Federal por suspeita de fraude esportiva, com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte. A investigação cita mensagens trocadas entre o atleta e o irmão, Wander Nunes Pinto Junior, que teriam sido enviadas antes da partida, indicando a possibilidade de o atacante receber um cartão amarelo.
Além de Bruno e Wander, também foram denunciados Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos, apontados como participantes do suposto esquema. O caso ainda tramita no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e segue em andamento nas instâncias esportiva e criminal.




