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Público se revolta com rumo de “Vale Tudo” após morte de Odete Roitman

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Reprodução / Instagram @gshow

O remake de Vale Tudo, da TV Globo, prometia resgatar o impacto e a força dramática de um dos maiores clássicos da teledramaturgia brasileira. No entanto, após a aguardada morte de Odete Roitman (Débora Bloch), o público reagiu com indignação diante do rumo inesperado da trama. O episódio seguinte, que deveria aprofundar o suspense em torno do crime, acabou mergulhando no humor escrachado e muitos telespectadores afirmaram sentir que estavam assistindo a um especial do Zorra Total, não a um drama clássico.

As críticas começaram a pipocar nas redes sociais assim que foi ao ar a sequência ambientada na delegacia. O delegado Mauro (Claudio Jaborandy) e o investigador Alcides (Fifo Benicasa), que deveriam conduzir o mistério da morte da vilã, foram transformados em figuras caricatas, protagonizando cenas que beiravam a paródia. No lugar da tensão e da densidade emocional esperadas, o público viu piadas sobre futebol, risadas fora de hora e um tom de pastelão que destoou completamente do espírito original da novela.

“Prometeram Vale Tudo, entregaram Casseta & Planeta”, resumiu um internauta no X (antigo Twitter).

O contraste com a versão de 1988 foi inevitável. Enquanto a trama original explorava o choque moral e social provocado pela morte de Odete, a nova versão optou por cenas triviais e humorísticas, deixando de fora momentos icônicos, como a reação de Heleninha (Paolla Oliveira) à morte da mãe, uma das passagens mais aguardadas pelos fãs. “Trocaram a dor e o espanto por piadinhas sem graça. Foi revoltante”, escreveu um telespectador indignado.

A crítica também se voltou à própria Globo, acusada de priorizar audiência e patrocínio ao invés da fidelidade à primeira versão. Muitos afirmaram que a emissora “infantilizou” o público ao apostar em um tom leve e cômico num momento que pedia intensidade dramática.

Para os espectadores, o remake não apenas falhou em homenagear o original, como acabou transformando um símbolo da dramaturgia brasileira em motivo de piada. Os internautas pedem a reprise da versão de 1988 para “compensar o tempo perdido” com o remake atual.

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