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O Atlético-MG decidiu mudar de lado mais uma vez na disputa entre os clubes brasileiros. Nesta terça-feira (28), o time mineiro anunciou oficialmente que está saindo da Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e retornando à Liga Forte União (LFU). A decisão foi tomada após uma reunião interna e já vinha sendo discutida há algumas semanas.
Segundo o comunicado divulgado pelo clube, a escolha foi feita para “fortalecer o futebol brasileiro” e buscar um modelo de liga “mais justo e equilibrado”. O anúncio do Galo acontece poucos dias depois de o Fluminense também deixar a Libra, o que aumenta ainda mais a divisão entre os clubes da Série A.
Motivos da mudança
O Atlético-MG havia entrado para a Libra em 2023, buscando acompanhar os principais clubes do país, como Flamengo, Corinthians e Palmeiras. No entanto, de acordo com dirigentes do clube, o grupo não avançou como o esperado nas negociações sobre direitos de TV e distribuição de receitas.
Dentro da diretoria do Galo, a avaliação é de que a Liga Forte União oferece um formato mais justo de divisão de dinheiro entre os clubes, evitando que apenas os times com maior torcida fiquem com a maior parte das cotas. “Queremos um futebol mais equilibrado e sustentável. O modelo da LFU se encaixa melhor nisso”, disse uma fonte ligada ao clube.
Impactos no cenário do futebol brasileiro
Com a saída do Atlético-MG e do Fluminense, a Libra perde dois clubes importantes, o que pode enfraquecer sua força nas negociações com investidores e emissoras de TV. Em contrapartida, a Liga Forte União ganha ainda mais peso, já que conta com equipes como Internacional, Grêmio, Athletico-PR, Cruzeiro e Botafogo.
A principal diferença entre as duas ligas é a forma como o dinheiro seria dividido. A Libra defende um modelo que beneficia mais os clubes com maior torcida e audiência, enquanto a LFU busca um formato parecido com o da Premier League inglesa, que distribui os valores de forma mais equilibrada.
Segundo analistas, a decisão do Atlético-MG pode motivar outros clubes a seguir o mesmo caminho. “O Galo tem muita tradição e peso político. Essa movimentação pode mudar o rumo das conversas entre os clubes”, avaliou o consultor esportivo Rodrigo Mattos.
Futuro ainda incerto
Apesar da troca, o Atlético-MG afirmou que continua aberto ao diálogo e que o objetivo final é a criação de uma liga única no país. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também tem insistido para que os clubes cheguem a um consenso, mas as diferenças entre Libra e LFU ainda são grandes.
Enquanto isso, os bastidores do futebol seguem agitados. A saída do Galo reacende a disputa entre os dois grupos e mostra que a criação de uma liga nacional ainda está longe de se concretizar.
O clube mineiro reforçou que a prioridade é buscar um projeto sólido e sustentável, que garanta segurança financeira e competitividade para todos. “Queremos o melhor para o futebol brasileiro. O importante é que o esporte cresça de forma justa para todos os clubes”, destacou o comunicado.




