O remake de Vale Tudo, escrito por Manuela Dias e com direção artística de Paulo Silvestrini, caminha para sua reta final consolidado como um dos maiores sucessos da teledramaturgia recente. A nova versão do clássico da TV brasileira já atingiu cerca de 150 milhões de telespectadores em todo o país e ocupa o posto de produção mais assistida do Globoplay em 2025.
Fenômeno também nas redes sociais, a novela se transformou em um dos temas mais comentados da internet. Fãs discutem diariamente os rumos da trama, promovem enquetes e alimentam bolões sobre a identidade do assassino, mantendo o suspense e a repercussão em alta mesmo fora da TV.
O impacto do remake na nova geração
Mais de três décadas após a exibição original, “Vale Tudo” voltou à grade da TV com o desafio de dialogar com um público completamente novo. O remake conquistou não apenas os telespectadores que acompanharam a primeira versão, mas também a geração conectada às redes sociais, que passou a comentar cada reviravolta em tempo real.
A narrativa moderna, adaptada ao contexto atual de corrupção, desigualdade e busca por justiça, manteve o espírito crítico da obra original, mas com linguagem e ritmo mais ágeis. A produção também apostou em diversidade de elenco e em novas dinâmicas familiares e sociais, refletindo transformações recentes da sociedade brasileira.
Para especialistas em televisão, o sucesso do remake mostra como o público ainda se identifica com a pergunta central que atravessa gerações: vale tudo para vencer?
O mistério que move o público: quem matou Odete Roitman?
O suspense sobre a morte de Odete Roitman em Vale Tudo continua sendo o ponto alto da trama. A produção tem aproveitado o mistério para instigar o público, soltando pistas falsas e cliffhangers em praticamente todos os capítulos.
Nas redes, teorias se multiplicam: há quem aposte em Afonso, quem suspeite de Raquel e até quem defenda que a nova assassina possa ser uma personagem inédita. O mistério reacendeu a nostalgia e transformou o remake em um dos assuntos mais comentados da TV brasileira em 2025.
Débora Bloch e o desafio de reviver Odete Roitman
Intérprete de uma das personagens mais emblemáticas da televisão brasileira, Débora Bloch enfrentou o desafio de dar nova vida à poderosa Odete Roitman — papel eternizado por Beatriz Segall na versão original de Vale Tudo. A atriz reconhece o peso da responsabilidade e revela que encarou o projeto com total entrega e respeito pela história:
“Assumir um papel tão marcante, eternizado pela Beatriz, foi um desafio enorme e uma responsabilidade que levei muito a sério”, afirma.
Apesar da pressão, Débora define a experiência como uma das mais gratificantes de sua carreira. O carinho do público e a boa recepção à sua performance reforçaram a sensação de dever cumprido.
“Foi maravilhoso. Ver que o público abraçou essa nova versão da personagem foi gratificante demais”, completa.
Para a atriz, o sucesso da novela é resultado de um conjunto harmonioso entre roteiro, elenco e direção:
“Acredito que é a soma de uma boa história, uma equipe talentosa e um elenco comprometido. Quando esses elementos se alinham, acontece uma conexão genuína com o público. E acho que foi isso mesmo: personagens fortes e uma trama que prende e emociona.”
Nos bastidores, o clima era de leveza, mesmo diante da intensidade da trama. Débora destaca a parceria com o elenco como fator essencial para o bom andamento das gravações, que se estenderam por mais de um ano.
“Trabalhar e conviver com uma equipe tão parceira faz toda a diferença. Isso é fundamental pra que o trabalho flua com leveza, mesmo com cenas intensas.”
Agora, a poucos capítulos do fim, ela vive a mistura de emoção e alívio típica de quem se despede de um grande projeto.
“Tem a satisfação de sentir que o público gostou, mas também o cansaço natural de tanta entrega. Estou feliz com o resultado e já sonhando com as férias”, brinca.
Mesmo sem revelar detalhes sobre o desfecho, Débora admite que o mistério segue mobilizando o público.
“Aonde quer que eu vá, as pessoas me dizem que já estão fazendo bolão sobre o assassino da Odete! O público embarcou completamente nesse suspense.”
Mais do que reviver uma vilã icônica, Débora Bloch conseguiu criar uma nova memória afetiva para o público. Sua versão de Odete Roitman não apenas homenageia o passado, mas também se consolida como um marco da teledramaturgia atual.
