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Mestre Damasceno morre aos 71 anos e deixa legado histórico para o Carimbó

Mestre Damasceno

Foto: Guto Nunes

O Pará amanheceu de luto nesta terça-feira (26). Morreu, em Belém, o músico e compositor Mestre Damasceno, um dos maiores nomes da cultura amazônica, aos 71 anos. O artista estava internado desde junho, lutando contra um câncer que atingiu pulmão, fígado e rins.

O que chama atenção é que sua despedida aconteceu justamente no Dia Municipal do Carimbó, manifestação cultural que ele ajudou a difundir e manter viva. Para muitos admiradores, a data simboliza o encerramento de um ciclo importante na história da música popular do Norte.

Natural de uma comunidade quilombola no Marajó, Damasceno construiu uma trajetória marcada por resistência, ancestralidade e criatividade. Foram mais de 400 composições, quatro álbuns gravados e dois documentários dedicados à sua vida e obra. Ele também foi idealizador de manifestações como o Carimbó de Marajó, o Búfalo-Bumbá e o Cortejo Cultural Carimbúfalo, que uniam tradição e inovação.

Mesmo nos últimos meses de vida, o mestre ainda recebeu homenagens. Na 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, foi lançado o documentário “Mestre Damasceno: a trajetória de um afromarajoara”, além de um livro sobre sua história. Em maio deste ano, recebeu a Ordem do Mérito Cultural, maior honraria do setor no Brasil.

Diante da perda, o governo do Pará decretou três dias de luto oficial. Detalhes sobre velório e sepultamento devem ser divulgados em breve pelas redes oficiais do artista.

A morte de Mestre Damasceno deixa um vazio imenso, mas também um legado que continuará inspirando novas gerações de músicos e defensores da cultura popular.

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