Reprodução / Instagram @deyverson
O Atlético-MG viveu uma noite de sentimentos mistos na Arena MRV, nesta quarta-feira (12), diante de quase 40 mil torcedores que foram celebrar a marca histórica dos 500 gols de Hulk na carreira. A festa, porém, terminou com um gosto amargo: o Galo esteve duas vezes à frente no placar, mas acabou cedendo o empate por 3 a 3 ao Fortaleza, já nos acréscimos. O resultado, além de frustrar o torcedor, serve de alerta para a final da Copa Sul-Americana, que será disputada no Paraguai.
O técnico Jorge Sampaoli mandou a campo o time considerado titular, com Everson, Saravia, Ruan, Vitor Hugo, Arana, Alexsander, Igor Gomes, Bernard, Rony, Dudu e Hulk. O início foi empolgante, e o dono da festa não demorou a aparecer, aos sete minutos, Rony fez grande jogada pela direita e cruzou na medida para Hulk, que se antecipou à marcação e abriu o placar.
O Galo seguiu dominante, explorando bem as jogadas pelos lados. Enquanto Rony desequilibrava pela direita, Dudu dava trabalho pelo outro flanco. A equipe controlava o jogo, trocando passes com paciência e buscando espaços na defesa cearense. O segundo gol veio de uma bola parada, Vitor Hugo subiu mais que todo mundo e, de cabeça, ampliou a vantagem atleticana.
Mesmo em desvantagem, o Fortaleza não se entregou. Everson ainda foi exigido no fim do primeiro tempo, salvando o Atlético após uma cabeçada perigosa de Deyverson, que começava a dar sinais de que seria o protagonista da noite.
Segundo tempo: Deyverson brilha e o Galo desaba
Logo no primeiro minuto da etapa final, Deyverson aproveitou uma falha da defesa alvinegra. O zagueiro Ruan vacilou na marcação, e o atacante do Leão se antecipou para diminuir o placar. O gol incendiou o time visitante, que passou a pressionar o Galo e explorar os erros defensivos.
O Atlético até respondeu rápido, após uma saída de bola errada do Fortaleza, Dudu acertou um lindo chute colocado da entrada da área, a bola bateu na trave e entrou, marcando o terceiro do time mineiro. Mas a tranquilidade durou pouco.
Minutos depois, o VAR entrou em ação e mudou o rumo da partida. O árbitro Sávio Sampaio foi chamado para revisar um lance em que Ruan teria acertado o rosto de Gastón dentro da área. Mesmo com o movimento parecendo natural de disputa pelo alto, o juiz marcou pênalti, irritando Sampaoli, que recebeu cartão amarelo por reclamação. Deyverson foi para a cobrança e não desperdiçou, empatando novamente o jogo.
Mudanças e queda de rendimento
Com o empate, Sampaoli mexeu no time tentando recuperar o controle. Entraram Scarpa, Fausto Vera, Reinier, Natanael e Gabriel Menino, mas as substituições não surtiram o efeito esperado. O Atlético perdeu intensidade, errou passes e não conseguiu reagir diante da boa postura do Fortaleza, que cresceu na reta final.
Aos 48 minutos, veio o castigo, um cruzamento pela direita atravessou a área, passou por Vitor Hugo e Gabriel Menino, e sobrou novamente para Deyverson, que empurrou para o fundo das redes, selando o empate heroico do Leão e a frustração da torcida atleticana.
Antes do apito final, Fausto Vera ainda acertou a trave em uma das poucas boas jogadas do Galo no segundo tempo, mas o placar não se alterou.
O empate por 3 a 3 serviu de alerta para o Atlético-MG. A equipe mostrou força ofensiva, mas também evidenciou falhas defensivas e falta de concentração, algo que não pode se repetir na decisão da Sul-Americana.
No último jogo em casa antes da final, o torcedor esperava uma vitória convincente e uma despedida em alto astral, mas saiu com a sensação de que o time ainda precisa ajustar detalhes para alcançar o grande objetivo da temporada, o título da Sul-Americana e uma vaga garantida na Libertadores de 2026.
Mesmo com o tropeço, a noite ficará marcada pela celebração a Hulk, ídolo e referência do clube, que segue sendo o coração do ataque do Galo.




