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O Corinthians fez, logo na primeira final da Copa do Brasil, sua atuação mais fraca nesta edição do torneio. No empate por 0 a 0 com o Vasco, na Neo Química Arena, o time errou muito, tanto nas escolhas de Dorival Júnior quanto na execução dentro de campo, com jogadores importantes passando despercebidos.
A decisão segue aberta, mas o resultado teve gosto amargo. Jogando em casa e com apoio da torcida, o Corinthians perdeu uma grande oportunidade de construir vantagem. Para buscar o tetracampeonato no domingo, no Maracanã, será necessário apresentar um futebol bem diferente.
Nem a pressão de uma final nem o desgaste do fim da temporada explicam um desempenho tão abaixo. Depois de boas atuações contra o Cruzeiro na semifinal, o time entrou em campo com mudanças esperadas, como as entradas de Raniele e Rodrigo Garro. O que causou estranheza foi a saída de Maycon, e não de José Martínez, para a formação do meio-campo.
Raniele atuou à frente da defesa, sem se alinhar aos zagueiros, o que deixou os laterais mais presos e pouco participativos no ataque. Pela esquerda, Martínez contribuiu pouco com a bola nos pés, o que acabou sobrecarregando Breno Bidon e Garro, ambos sem inspiração.
Com isso, o Corinthians teve muita dificuldade para criar jogadas ofensivas. No primeiro tempo, foram apenas três finalizações — nenhuma no gol. A única chegada mais perigosa veio em uma bola parada: Garro cobrou falta, a bola sobrou para Memphis Depay, que marcou, mas estava impedido.
A expectativa era por mudanças no intervalo, mas Dorival manteve o time. As substituições vieram apenas cinco minutos depois, com as entradas de André Carrillo e Maycon. As alterações eram previsíveis, mas uma das escolhas gerou questionamentos: Breno Bidon saiu, apesar de não ser o pior em campo.
As decisões do treinador levantaram dúvidas. Por que não usar Maycon como primeiro volante para melhorar a saída de bola? Por que tirar Memphis e manter Yuri Alberto, que teve uma atuação muito ruim? Por que não ajustar o posicionamento do meio para liberar mais os laterais, como já funcionou em outros jogos da temporada?
Apesar das críticas, não dá para colocar toda a responsabilidade nas costas de Dorival. O Corinthians foi lento, espaçado, teve uma posse de bola pouco objetiva e irritou a torcida com erros simples.



