Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (3), que antecede o duelo contra o Chile, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o treinador Carlo Ancelotti falou sobre diversos assuntos e questionamentos que surgem naturalmente no ambiente da Seleção Brasileira.
Ausência de Neymar
Como era de se esperar, o primeiro assunto da coletiva foi a declaração de Neymar, após o empate entre Santos e Fluminense, dizendo que na visão dele, teria ficaado fora por questões técnicas, por decisão de Ancelotti e sua comissão.
Com a fala do camisa 10 citada, Carletto “respondeu” a declaração do jogador, dando razão a ele, inclusive, e deixando bem claro que nenhum jogador terá vaga garantida na Seleção Brasileira, tanto pelo tempo que tem até a Copa do Mundo e pela quantidade de talentos que ele enxerga na geração brasileira.
“Normal, é a verdade. É uma decisão técnica que se baseia em muitas coisas. No que o jogador está fazendo, no que tem feito. E também o problema que ele teve. Quando eu falo do critério físico, é um critério que toda a comissão considera muito importante. Ninguém pode discutir o Neymar a nível técnico. O que estamos olhando e avaliando é sua condição física, mas não só dele, de todos os jogadores que estão aqui. Porque a verdade é que essa seleção tem muita concorrência. Muitíssima. Acreditamos que temos 70 jogadores que podem estar na Copa do Mundo” – Ancelotti, em entrevista coletiva na manhã desta quarta (4).
Lembrando que na semana da convocação, foi noticiado que Neymar teve um incômodo no músculo adutor da coxa, o que transformou o camisa 10 em dúvida para enfrentar o Fluminense, porém ele acabou se recuperando e entrando em campo.
Confirmação da escalação
Além do assunto Neymar, Ancelotti falou sobre a equipe que deve ir a campo diante do Chile, no Maracanã, usando como referência a escalação que utilizou na partida contra o Paraguai, na última Data FIFA.
“Saímos do jogo contra o Paraguai muito contentes, satisfeitos, penso que o time jogou muito bem, teve boa atitude, ofensiva, defensiva, intensidade. É o que queremos fazer no jogo de amanhã, jogar intenso, ser forte defensivamente, fazer uma boa pressão ofensiva, jogar rápido com bola. Acho que se pode repetir o jogo contra o Paraguai para que a torcida possa estar contente com nosso jogo” – Ancelotti, em entrevista coletiva.
“Ontem (terça) eu testei quatro atacantes no treino, é a ideia, jogar sem mudar muito o que foi no jogo contra o Paraguai. Vou colocar muitos atacantes, mas o importante é que o time não perca equilíbrio e defenda bem.” – completou.
Partindo do princípio da segunda fala do treinador, o Brasil deve ser escalado com: Alisson, Wesley, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro e Bruno Guimarães; Raphinha, Estêvão, João Pedro e Gabriel Martinelli.
Em relação à João Pedro, Ancelotti afirmou que contra o Chile, o garoto será a referência do ataque, jogando na posição que têm atuado no Chelsea, onde decidiu a Copa do Mundo de Clubes. Já sobre Estêvão, companheiro de equipe do centroavante, Carletto afirmou que o jovem tem características muito interessantes, podendo jogar em mais de uma posição.
“O Estêvão tem muita qualidade e pode jogar também por dentro. Como estamos vendo nos treinos. Raphinha, Vinicius, Martinelli, também jogam muito bem por dentro. É o que pede o futebol moderno.” – disse Ancelotti.