A próxima quinta-feira (4) marca um dos dias mais importantes para a carreira do atacante Bruno Henrique, multicampeão pelo Flamengo, onde o STJD irá julgar a situação em relação ao jogador ter forçado um cartão para beneficiar apostadores, em um jogo de novembro de 2023, contra o Santos, que terminou em derrota do Flamengo por 2×1.
Entenda o caso e as acusações contra Bruno Henrique
O atacante do Flamengo foi indiciado em abril deste ano, sendo acusado de fruade esportiva, pelo artigo 200 da lei geral do esporte, que em caso de condenação, prevê uma pena de 2 a 6 anos de prisão. O caso também será julgado na justiça comum, após denúncia do Ministério Público do Distrito Federal.
“Fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado.”
Em agosto do ano passado, a polícia iniciou as investigações do “Caso Bruno Henrique”, realizando uma operação de busca e apreensão, onde foram procuradas também, conversas do celular do irmão de Bruno, Wander Nunes, que está sendo investigado junto de Ludymilla Araújo Lima (esposa de Wander) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima do jogador), e Andryl Sales Nascimento dos Reis, Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Douglas Ribeiro Pina Barcelos (amigos de Wander, segundo as investigações). Vale lembrar que a Ludymilla e Poliana não estão envolvidas no julgamento do STJD.
As suspeitas surgiram quando as bets perceberam um volume estranhos nas apostas de cartão para o jogador nesta partida contra o Santos. Posteriormente, foi descoberto em conversas, que Bruno teria informado ao seu irmão sobre o cartão, já que estava pendurado.
De acordo com o GE, a defesa de Bruno Henrique se pronunciou logo após as acusações, questionando as alegações de que o cartão teria sido forçado, dizendo que é absurdo dizer que a atitude de Bruno teria objetivo de influenciar no resultado da partida, citando também que o lance não teria sido assinalado corretamente.
“Bruno Henrique foi punido com cartão em um lance em que, obviamente, sequer falta houve. É absurda a alegação de que tomar um cartão nesse lance, em que sequer falta houve, tinha como objetivo influenciar no resultado da partida ou do campeonato que estava em disputa. O próprio STJD já havia antes arquivado o caso que se baseava nas mesmas alegações e a Defesa do atleta demonstrará que a nova acusação também merece ter esse mesmo desfecho”.
Possíveis punições ao jogador
Segundo o GE, se Bruno Henrique for considerado culpado, pode pegar uma pena de até dois anos de suspensão do futebol, tendo sido denunciado nos seguintes artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: art. 243, §1º; art. 243-A, parágrafo único; art. 184 e art. 191, III. Além do artigo 65, II, III e V, do regulamento geral de competições da CBF de 2023.
“As penas acumuladas vão de suspensão de 360 a 720 dias; suspensão de 12 a 24 partidas e três multas de R$ 100 a R$ 100 mil.”, informação de matéria do GE.