Reprodução / Instagram @fluminensefc
O Fluminense mostrou mais uma vez sua vocação para torneios eliminatórios. Diante de um Maracanã pulsante, com cerca de 50 mil torcedores, o Tricolor venceu o Bahia por 2 a 0 e garantiu vaga na semifinal da Copa do Brasil. A classificação foi construída com um estilo bem conhecido da equipe sob o comando de Renato Gaúcho, mesclando intensidade e tática.
O Fluminense havia perdido o jogo de ida em Salvador por 1 a 0, diante de um adversário embalado e que ocupa a quarta colocação no Brasileirão.
A decisão deRenato Gaúcho ao escalar três volantes desde o início foi um dilema calculado. Por um lado, era necessário buscar o resultado, por outro, havia o risco de sofrer um gol que complicaria toda a eliminatória. O treinador optou por uma postura mais cautelosa, apostando em força física e intensidade para sufocar o Bahia. De fato, no primeiro tempo, o Fluminense se impôs nos duelos e dominou a posse, mas esbarrou na falta de criatividade. As chances criadas se resumiram a chutes de longa distância, de Nonato e Thiago Silva.
A mudança crucial veio no intervalo. Ao substituir Nonato por Lucho Acosta, Renato deu ao time a qualidade que faltava. O argentino rapidamente assumiu o papel de organizador, acelerando as transições e deixando o Fluminense mais vertical. A partir daí, a superioridade ficou evidente. O primeiro gol nasceu justamente de uma jogada iniciada por Acosta, que resultou no cruzamento de Renê. Michel Araújo cometeu pênalti, e Canobbio converteu.
Com a vantagem, o Fluminense ganhou confiança e seguiu pressionando. Agora, além da intensidade, tinha criatividade para criar oportunidades. O Bahia, por sua vez, não conseguiu reagir. As substituições feitas por Rogério Ceni pouco mudaram o cenário, e o time baiano foi dominado em todos os setores. O segundo gol era questão de tempo e saiu após cobrança de falta de Canobbio, completada por Thiago Silva, em jogada ensaiada nos treinos da semana.
Dois a zero no placar, e a classificação encaminhada. Nos minutos finais, o Tricolor controlou o jogo, administrando a vantagem sem dar espaços ao adversário. A atuação reforçou a fama de equipe copeira, mas não se resumiu apenas à tradição. Foi uma vitória construída com estratégia, equilíbrio entre força e talento, e escolhas acertadas de Renato Gaúcho.