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O consórcio Fla-Flu, responsável pela administração do Maracanã, recebeu uma proposta de R$ 55 milhões por ano pela venda dos naming rights do estádio. A negociação ainda está em andamento, com a intenção de aumentar o valor, mas depende da aprovação do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, o processo está sendo analisado pela Casa Civil, que estuda a viabilidade legal da operação. O edital de concessão do estádio, que não proíbe nem prevê a venda dos direitos de nome, e o tombamento do Maracanã são pontos que ainda precisam ser avaliados. Mesmo assim, há otimismo tanto na Gávea quanto nas Laranjeiras de que o acordo será aprovado.
A meta inicial era atingir R$ 70 milhões anuais, mas esse valor é considerado difícil de alcançar. Por isso, a Fla-Flu Serviços, empresa criada para gerir o estádio, trabalha para fechar o contrato por um valor intermediário, pouco acima dos R$ 55 milhões. Caso o acordo seja concretizado, será o maior contrato de naming rights do Brasil.
Mais de uma empresa já demonstrou interesse na compra, e estão em discussão os espaços que poderão ser utilizados para exposição da marca dentro do estádio, além do prazo do contrato.
Enquanto isso, o Maracanã se prepara para leiloar 40 camarotes no dia 18 de novembro, em mais uma ação para ampliar sua receita com patrocinadores e novos negócios.
Dentro do governo estadual, há opiniões divididas sobre o tema. Alguns defendem a venda apenas do nome de setores específicos do estádio, enquanto outros veem com ceticismo a ideia de alterar o nome histórico do Maracanã. O governador Cláudio Castro chegou a tratar o assunto com “dificuldade”. A expectativa inicial era que a autorização fosse concedida até o fim de outubro, o que ainda não aconteceu.
O processo deve avançar nas próximas semanas, agora que o consórcio tem uma proposta oficial em mãos.
Contexto da concessão
Em 2024, Flamengo e Fluminense conquistaram a concessão do Maracanã por 20 anos. O clube rubro-negro detém 65% da sociedade, enquanto o tricolor possui 35%. No projeto original, não havia previsão para explorar comercialmente o nome do estádio, mas este ano os clubes decidiram avançar na ideia de vender os naming rights.
Paralelamente, o Flamengo havia adquirido, por cerca de R$ 140 milhões, o terreno do Gasômetro, com planos de construir um estádio próprio. No entanto, estudos recentes estimam o custo total da obra em cerca de R$ 3 bilhões, o que esfriou o entusiasmo interno pelo projeto.
Um novo acordo com a Prefeitura do Rio retirou a obrigação de seguir prazos para a construção do estádio, e, nos bastidores, a ideia de erguer uma nova arena passou a perder força diante dos altos valores envolvidos.




