Apesar da partida ter terminado por volta das 18h do último domingo (5), o Choque-Rei, clássico entre São Paulo e Palmeiras parece estar apenas no capítulo inicial.
Na tarde desta segunda-feira (6), as reclamações do Tricolor, já assumidas como corretas da CBF com o afastamento de Ramon Abatti Abel, ganharam novos contornos, com a equipe prejudicada pedindo uma quebra de procolo, para que se possa escutar o áudio entre o VAR e o árbitro de campo, algo que só é permitido quando há revisão no monitor. Enquanto isso, o Palmeiras afirma que se sentiu prejudicado, ainda soltando uma nota oficial explicando os lances e solicitando a profissionalização da arbitragem.
Nota oficial do Palmeiras
Começando pela nota do clube Alviverde, onde afirma ter sido prejudicado em dois lances, que gerariam cartões vermelhos para Damián Bobadilla e Alan Franco, do São Paulo, até mesmo antes de acontecer a virada, que o clube definiu como épica, de 2×0 para 2×3.
“É demasiado cômodo creditar a uma decisão do árbitro – e somente a ela – uma virada épica, conquistada com o gosto do suor e três gols anotados em um intervalo de 19 minutos. Até porque também houve marcações da arbitragem desfavoráveis ao Palmeiras, como as não expulsões do meio-campista Bobadilla e do zagueiro Alan Franco, que desferiu uma cotovelada no rosto do atacante Ramón Sosa em um lance sonegado pelo VAR – e ignorado pelos hipócritas da ocasião.” – Palmeiras, em nota oficial (Trecho retirado do GE).
Ainda no tema de arbitragem, o Verdão se colocou favorável a que os árbitros se profissionalizem através da CBF, para que o futebol brasileiro possa se desenvolver de forma melhor. “O Palmeiras, como se sabe, é amplamente favorável à profissionalização dos árbitros e defende mais investimentos em tecnologia e na formação da categoria, entre outras melhorias. O nosso compromisso com o desenvolvimento do futebol brasileiro está acima de qualquer interesse individual.” – Palmeiras, em nota oficial. (Trecho retirado do GE).
Pronunciamento de Julio Casares
Como assumido pela CBF, o grande prejudicado deste Choque-Rei, o São Paulo, teve seu presidente, Julio Casares, como porta-voz após um dos jogos mais polêmicos dos últimos anos, pedindo uma quebra de protocolo, como dito no início do texto, alegando que a comunidade do futebol precisa saber o que aconteceu no Morumbis, na tarde do último domingo (5).
“Se houve, que tipo de diálogo aconteceu entre a cabine do VAR e o árbitro de campo. São prejuízos não só ao São Paulo, mas ao futebol brasileiro. Quem quer saber desse áudio não é só o presidente do São Paulo, é a comunidade esportiva. Estamos aqui tristes, porque o resultado não volta, embora deveria voltar. Fomos prejudicados, influenciou diretamente no resultado do jogo.” – Julio Casares, presidente do São Paulo, em comunicado oficial. (Aspas retiradas do GE).
Provavelmente, a discussão irá se estender por longos dias, com atitudes já tomadas, como o afastamento do árbitro de campo, Ramon Abatti Abel, e o VAR, Ilbert Estevam da Silva, protagonistas de um jogo, que apesar da grande virada do Palmeiras, teve a arbitragem como tema central da discussão.
