Reprodução / Instagram @carrefourbrasil
Depois de mais de 30 anos de funcionamento, a tradicional rede de supermercados Nacional (Carrefour) fechou as portas em Montenegro, no Vale do Caí, no Rio Grande do Sul. O encerramento marca o fim de uma história de décadas junto aos consumidores da região e integra o processo de reestruturação do Carrefour, que assumiu o comando da marca após a compra do Grupo BIG em 2021.
A aquisição do Grupo BIG, avaliada em R$ 7 bilhões, foi um dos maiores movimentos do setor varejista brasileiro nos últimos anos. Desde então, o Carrefour Brasil tem se concentrado em integrar as operações herdadas, reorganizando suas bandeiras e reforçando a estratégia de liderança no mercado nacional de alimentos. A decisão de descontinuar o Nacional segue a lógica de que a marca, embora tradicional, foi considerada menos estratégica em comparação a outras que o grupo pretende fortalecer.
Em Montenegro, o fechamento da unidade veio acompanhado de uma grande liquidação para encerrar os estoques remanescentes. Esse mesmo modelo já havia sido adotado anteriormente, quando outra loja da rede encerrou as atividades no Praia de Belas Shopping, em Porto Alegre. De acordo com informações do portal Terra, parte dos produtos ainda disponíveis será redirecionada para outras unidades da rede, evitando desperdícios e garantindo que o processo de transição seja mais eficiente.
No espaço deixado pela antiga loja será inaugurada uma unidade da Mombach, o que promete ampliar a variedade de opções de varejo no município.
A saída da bandeira, no entanto, não significa retração. Pelo contrário, o Carrefour tem investido em diversificação. Além de fortalecer formatos já consolidados, o grupo francês aposta em modelos de negócios diferenciados, como a expansão do Sam’s Club, em parceria com o Walmart. A estratégia mira consumidores de diferentes perfis, ampliando a competitividade frente a rivais diretos, como o Assaí, o Atacadão e o Grupo Pão de Açúcar.
O fechamento do Carrefour também reflete um cenário mais amplo de transformações no varejo brasileiro. O setor passa por ajustes constantes, seja pela mudança nos hábitos de consumo, seja pela pressão de novos formatos, como o atacarejo.
Em Montenegro, a população recebeu a notícia do encerramento com certa nostalgia, afinal, o Nacional fazia parte da rotina da cidade havia mais de três décadas. Ainda assim, a liquidação de encerramento foi vista como oportunidade para muitos clientes aproveitarem preços reduzidos em produtos variados.
