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Brasil conquista medalha de bronze no Mundial de vôlei feminino

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Reprodução / Instagram @gabiguimaraes10

A medalha de bronze conquistada pela seleção feminina de vôlei no Campeonato Mundial, encerrado neste domingo, trouxe ao mesmo tempo sentimentos de amargura, alívio e comemoração. O pódio mantém o Brasil entre as principais forças do cenário internacional, mas também reforça a incômoda sequência de oito anos sem conquistar uma medalha de ouro.

Desde o início da competição, a Itália carregava a condição de principal candidata ao título, e confirmou as expectativas ao levantar a taça. Ainda assim, a sensação que ficou é de que o Brasil poderia ter ido além. A semifinal contra as italianas deixou clara a chance desperdiçada. Em vários momentos, a equipe brasileira conseguiu segurar o poder rival, abriu espaço para a vitória e esteve a poucos pontos de garantir a vaga na decisão. Caso tivesse passado, a final contra a Turquia.

O bronze, portanto, veio com um gosto ruim. Foi amargo porque a final esteve ao alcance. Foi um alívio porque a disputa pelo terceiro lugar contra o Japão parecia escapar em determinados momentos. E, ao mesmo tempo, é motivo de comemoração: mais uma vez, o Brasil termina uma competição internacional no pódio.

A última conquista em torneios intercontinentais aconteceu em 2017, no Grand Prix. Desde então, o time acumula presenças em finais e semifinais, mas o título teima em não vir. Nesse período, foram duas medalhas olímpicas, a prata em Tóquio, em 2021, e o bronze em Paris, em 2024, além de dois pódios em Mundiais, com o vice em 2022 e o bronze agora em 2025. Na Liga das Nações, são quatro pratas: 2019, 2021, 2022 e 2025. A consistência impressiona, mas a falta de um ouro ainda incomoda.

Enquanto o Brasil se manteve regular, o cenário internacional mudou. Nos primeiros anos após 2017, não havia uma seleção dominante. A Sérvia brilhou ao conquistar dois Mundiais, os Estados Unidos ficaram com o ouro olímpico e a Itália venceu a Liga das Nações. Nos últimos dois anos, porém, as italianas assumiram um domínio incontestável: conquistaram os títulos olímpico, mundial e da Liga, unificando as principais taças da modalidade.

O Brasil poderia ter ameaçado essa hegemonia, não fosse a ausência de Ana Cristina. Titular absoluta, a ponteira ficou fora do Mundial após cirurgia no joelho realizada durante a Liga das Nações.

Do grupo atual, apenas Macris, Rosamaria e Roberta estavam na conquista do Grand Prix em 2017.

Em 2026, haverá mais uma edição da Liga das Nações; em 2027, o calendário reserva tanto a Liga quanto o Mundial.

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