Oscar Maroni, um dos nomes mais conhecidos e controversos da noite de São Paulo, morreu nesta quarta-feira (31/12), aos 74 anos. Empresário do ramo de entretenimento adulto, além de fazendeiro e hoteleiro, ele convivia com Alzheimer, doença neurodegenerativa que compromete progressivamente as funções cognitivas. A causa da morte não foi divulgada.
Em nota, a família destacou que Maroni viveu de forma intensa e sempre foi fiel às próprias convicções, defendendo a liberdade como um de seus principais valores. Em razão do avanço da doença, o empresário estava vivendo em uma casa de repouso localizada na capital paulista, onde recebia cuidados especializados.
Figura frequente em programas de televisão, Oscar Maroni ficou conhecido não apenas pelos negócios ligados ao entretenimento noturno, mas também pelas declarações polêmicas e pela personalidade provocadora, que o tornaram presença constante em debates e entrevistas ao longo dos anos.
Família de Oscar Maroni
Oscar Maroni deixa quatro filhos: Aritana, Aratã, Acauã e Aruã. Entre eles, a mais conhecida do público é Aritana Maroni, empresária e cozinheira, que construiu carreira própria na televisão. Ela participou de realities como MasterChef Brasil, da Band, e também integrou elencos de A Fazenda e Power Couple Brasil, exibidos pela Record.
Até o fechamento desta matéria, Aritana não havia se manifestado publicamente sobre a morte do pai.


Herdeiros de Oscar Maroni e do Bahamas
No começo de 2024, o comando do Bahamas Hotel Club, uma das casas noturnas mais tradicionais de São Paulo, passou oficialmente para os filhos de Oscar Maroni. Com o avanço do Alzheimer que afastou o empresário da rotina profissional, Aratã Maroni, de 38 anos, e Aruã Maroni, de 42, assumiram a direção do espaço localizado em Moema e iniciaram um amplo processo de reorganização do negócio.
A mudança de gestão revelou um cenário interno delicado. Segundo Aratã, os novos administradores se depararam com problemas financeiros graves logo nos primeiros meses. Ele relatou a existência de desvios, falhas no controle de caixa e uso irregular de cartões, o que exigiu decisões drásticas para estancar os prejuízos.
“Houve muito roubo”, afirmou Aratã, ao explicar que a situação levou à substituição completa da equipe administrativa responsável pela casa.
Diante do quadro, os irmãos optaram por fechar temporariamente o Bahamas, medida considerada necessária para reorganizar as finanças, revisar processos internos e redesenhar a estratégia do negócio. Após meses de ajustes, a casa foi reaberta em setembro de 2024, marcando o retorno das atividades durante a celebração dos 30 anos de história do clube.
Apesar de não participar mais da administração direta, Oscar Maroni continuou sendo a principal referência simbólica da marca. A identidade do Bahamas seguiu associada à figura do empresário, reconhecido por seu estilo único e por décadas de protagonismo na noite paulistana.
“Quem quiser copiar alguém como meu pai está ferrado. Ele é muito icônico, muito singular”, declarou Aratã em entrevista concedida em novembro, ao comentar sobre o legado deixado por Oscar.
A sucessão marcou não apenas uma troca de comando, mas também o início de uma nova fase para o Bahamas Hotel Club, que passou a ser conduzido pelos herdeiros com o desafio de preservar a identidade criada por Oscar Maroni, ao mesmo tempo em que buscavam modernizar e fortalecer a estrutura do negócio.





