Reprodução / Instagram @carlinhosdejesus
O coreógrafo e dançarino Carlinhos de Jesus, conhecido nacionalmente por sua trajetória artística e atualmente jurado do quadro Dança dos Famosos, no Domingão com Huck, abriu o coração ao público para falar sobre sua saúde. Em um vídeo gravado diretamente do hospital, ele explicou a real razão de estar enfrentando dificuldades motoras e precisando usar cadeira de rodas.
Segundo o artista, o problema não está relacionado apenas às primeiras suspeitas médicas, que apontavam bursite trocantérica e tendinite nos glúteos. O quadro, na verdade, é consequência de uma doença autoimune rara chamada neuro radiculopatia desmielinizante crônica, diagnosticada em 2022. Essa condição compromete a mielina, camada que reveste e protege os nervos responsáveis por levar os comandos do cérebro até o corpo, provocando perda de força e, em alguns casos, paralisia.
Carlinhos explicou que não é a bursite nem a tendinite que estão impedindo sua locomoção. Essas foram as hipóteses iniciais, mas o que o levou à cadeira de rodas foi a doença autoimune que possui desde 2022, deixando sua perna direita sem força e sem marcha.
No hospital, ele realiza sessões de infusão de imunoglobulina humana, parte essencial do tratamento. Além disso, sua rotina de cuidados inclui fisioterapia intensiva, hidroterapia, acupuntura, uso de medicações específicas e, segundo ele, muita paciência e fé. O coreógrafo afirmou já estar em tratamento e destacou que serão meses de aplicação e exercícios diários, mas mantém a certeza de que logo estará fora da cadeira de rodas. Agradeceu ainda aos fãs e amigos que têm enviado mensagens de apoio, ressaltando que a oração de todos tem sido fundamental em sua recuperação.
Antes de descobrir a doença autoimune, Carlinhos enfrentava sintomas que confundiram os médicos. Há cerca de três anos, ele percebeu que a perna direita estava perdendo força, mas, como não havia dor, acreditava se tratar apenas de desgaste natural. Com o tempo, no entanto, as limitações aumentaram.
Em junho deste ano, durante uma viagem ao Rio Grande do Sul, a situação se agravou. Ele relatou que começou a sentir uma dor forte, que não o deixava apoiar o pé no chão. Conseguiu dar apenas alguns passos antes que as fisgadas retornassem. Quando voltou ao Rio de Janeiro, o quadro piorou a ponto de provocar quedas e necessidade de internação. A dor era tão intensa que precisou de morfina para conseguir dormir.
Em entrevista ao Fantástico, Carlinhos contou como tem lidado com essa fase. Segundo ele, o foco é viver um dia de cada vez, sem antecipar preocupações. Disse que, quando pensa no futuro, sente medo de como será sua vida, mas procura manter a mente no presente.