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Beyoncé exige retirada de teaser de filme sobre Bolsonaro após uso irregular de “Survivor”

Foto: Reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro/@beyonce

Uma nova polêmica envolvendo direitos autorais atingiu a produção do filme Dark Horse, obra que pretende retratar a trajetória de Jair Bolsonaro com tom heroico. A equipe de Beyoncé reagiu imediatamente após identificar que o teaser do longa-metragem utilizava, sem qualquer autorização, a música “Survivor”, sucesso do grupo Destiny’s Child.

O uso indevido da faixa foi percebido pouco depois da divulgação do material promocional. Fãs da cantora — conhecidos pela forte vigilância nas redes sociais — rapidamente notificaram representantes da artista, alertando sobre a associação entre a obra musical e a produção bolsonarista.

A resposta não demorou. Um representante de Beyoncé acionou o departamento jurídico da artista para solicitar a remoção imediata do teaser do ar. A confirmação da medida veio por meio de Anderson Nick, brasileiro que trabalha como coordenador de projetos da BeyGOOD, fundação filantrópica liderada pela cantora.

Nas redes sociais, Nick afirmou que a trilha foi usada sem qualquer tipo de licenciamento e aproveitou para criticar Bolsonaro de maneira contundente.
“Obrigado a todos que mandaram DM dizendo que a música ‘Survivor’ foi utilizada no trailer do filme do inominável inelegível presidiário golpista”, escreveu em seus stories no Instagram. Em seguida, reforçou que a equipe não tolera o uso não autorizado de obras ou imagem associada a Beyoncé:
“Obviamente, a música foi utilizada sem autorização e as providências legais já estão sendo tomadas para que seja retirada do ar o mais rápido possível.”

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Foto: Reprodução/Instagram/@anderson__nick

Filme pró-Bolsonaro investe em narrativa épica

O projeto envolvido na controvérsia, Dark Horse, é dirigido por Mauro Ventura e mira diretamente o público de apoiadores do ex-presidente. A produção pretende recontar sua jornada política, com foco especial na campanha eleitoral de 2018 e no episódio da facada em Juiz de Fora, tratado no longa como um momento de “renascimento” do então candidato.

O filme, anunciado como uma obra “inspiradora”, tenta construir uma narrativa heroica sobre Bolsonaro, apresentando sua ascensão política sob uma ótica favorável e dramatizada. O uso da canção “Survivor” — que fala sobre força e superação — buscava reforçar essa leitura épica, mas acabou gerando consequências legais antes mesmo do lançamento do projeto.

Com o caso agora nas mãos dos advogados de Beyoncé, a equipe do filme deve ser obrigada a retirar o teaser com a trilha irregular e substituir a música ou reformular completamente o material de divulgação.

Consequências legais possíveis

O uso indevido de “Survivor” abre caminho para uma série de medidas legais por parte da equipe de Beyoncé. A primeira, já em andamento, é a retirada imediata do teaser de circulação, algo solicitado diretamente pelo time jurídico da cantora após ser notificado por fãs e colaboradores brasileiros.

Além da remoção, a produtora do filme pode enfrentar cobranças de indenização por violação de direitos autorais, já que a música pertence ao catálogo do Destiny’s Child e exige licenciamento formal tanto para uso público quanto promocional. Em casos como esse, a Justiça pode aplicar multas, exigir retratações, proibir novas veiculações e, em situações mais graves, abrir processos por danos morais e comerciais.

Detalhes sobre o filme “Dark Horse”

“Dark Horse” é uma produção independente idealizada para atingir diretamente o público simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro. Dirigido por Mauro Ventura, o longa busca reconstruir a trajetória política de Bolsonaro com viés heroico, destacando sobretudo os bastidores da campanha de 2018 e o atentado em Juiz de Fora — tratado pela narrativa como um marco de “renascimento” político.

O filme, que vem sendo produzido com recursos de apoiadores e investidores privados ligados ao campo conservador, aposta em estética documental e dramatizações para reforçar o discurso de exaltação ao ex-presidente. Apesar de não ter um orçamento oficialmente divulgado, a produção mobiliza equipes de marketing, figurinos, cenas reencenadas e depoimentos de aliados, o que ampliou sua visibilidade nas redes sociais.

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