Reprodução / Instagram @fluminensefc
O nome de Thiago Silva voltou a ganhar espaço na imprensa italiana. Segundo o jornal La Repubblica, o Milan avalia a possibilidade de tentar repatriar o zagueiro do Fluminense, reacendendo uma relação que marcou época na Europa. A sondagem, porém, ainda é embrionária. Até agora, nem representantes do jogador nem a diretoria tricolor foram procurados oficialmente pelos italianos. No clube carioca, a posição é clara: Thiago Silva só deixará o Flu se esse for o desejo dele, algo que, hoje, não está nos planos.
Aos 41 anos, o capitão vive uma fase especial no Rio de Janeiro. Desde o retorno às Laranjeiras, recuperou espaço rapidamente, tornou-se líder do vestiário e referência técnica dentro de campo. Sob o comando de Zubeldía, o defensor ganhou ainda mais protagonismo. O treinador valoriza sua leitura de jogo, organização defensiva e capacidade de orientar os companheiros, elementos que ajudaram o Fluminense a figurar entre as defesas mais seguras do país nesta temporada.
Thiago tem contrato até o meio de 2026, e a intenção da diretoria é mantê-lo até o fim do vínculo. Com a idade avançada, uma venda é praticamente descartada. E, mesmo que surgissem propostas, o Fluminense não tem interesse em negociar: considera o camisa 3 uma peça insubstituível, dentro e fora de campo.
Do lado do Milan, o interesse passa justamente por tudo o que Thiago ainda entrega no Brasil. Os italianos buscam reforçar o sistema defensivo com um nome experiente e de liderança incontestável. E poucas figuras representam isso na história recente do clube tão bem quanto o brasileiro. Entre 2009 e 2012, Thiago Silva formou uma das duplas de zaga mais respeitadas da Europa ao lado de Alessandro Nesta, foi campeão italiano e deixou forte identificação com a torcida.
Mas qualquer hipótese de retorno precisa levar em conta um ponto central: os planos pessoais do próprio jogador. Quando decidiu voltar ao Brasil, Thiago deixou claro o desejo de disputar a Copa do Mundo de 2026 e encerrar a carreira no Fluminense. A primeira meta ficou mais distante, já que ele ainda não foi novamente chamado para a Seleção. A segunda, porém, segue firme. Ele já afirmou mais de uma vez que sonha em pendurar as chuteiras no Flu levantando a Copa do Brasil, o mesmo troféu que marcou o início da sua trajetória pelo clube.
Com isso, a possível investida do Milan parece, por enquanto, mais uma manifestação de respeito ao passado do que uma ameaça real ao presente. No Fluminense, ninguém trabalha com a possibilidade de perder o capitão. Zubeldía o considera uma peça central na estrutura da equipe.




