Na noite da última quarta-feira (3), o São Paulo recebeu o Internacional, jogando na Vila Belmiro por conta de shows marcados no Morumbis, onde a condição do gramado não seria a ideal para o jogo. A situação do Tricolor era vencer para garantir o oitavo lugar, enquanto o Inter precisava pontuar desesperadamente para escapar da zona de rebaixamento, já que Fortaleza e Santos, concorrentes diretos, venceram e deixaram a situação ainda mais perigosa.
Como foi o jogo?
A partida começou com duas chances claríssimas do São Paulo, em dois lances pelo alto com Luciano, em passes de Marcos Antônio, que por pouco não colocaram o Tricolor na frente, com apenas 10 minutos de jogo. O Inter, visivelmente abalado, tentava, mas errava muito e parava em uma forte marcação do Tricolor. Vale lembrar que na entrada dos jogadores em campo e nos arredores do estádio, a torcida são-paulina realizou protestos contra a diretoria do clube e os jogadores.
O primeiro gol saiu em uma bola parada. Ferreirinha cruzou a bola de ponta a ponta da área, Rochet saiu muito mal e Sabino, de cabeça, só conferiu para o gol, abrindo o placar para a equipe paulista e jogando um balde de água fria no Inter.
Mesmo atordoado, o Inter ainda teve uma bela chance com Vitinho, que driblou Rafael, passou por Alan Franco, mas parou no garoto Maik, que cortou em cima da linha, evitando o que seria, naquele momento, o empate Colorado.
No final do primeiro tempo, aos 47, o São Paulo conseguiu um bom contra-ataque, que começou por Ferreirinha, passou por Bobadilla e chegou em Maik, que finalizou forte e contou com desvio para tirar a bola de Rochet, ampliando o marcador ainda na primeira etapa.
Tentando voltar diferente para a segunda etapa, a equipe de Abel Braga não teve muito tempo para se recuperar, já que aos 3 minutos do segundo tempo, Marcos Antônio deixou Luciano na cara de Rochet, com o camisa 10 só tendo o trabalho de cavar e correr para o abraço. 3×0 São Paulo.
Depois do terceiro gol, o jogo foi bastante morno, com alguns chutes do Inter e poucas investidas do São Paulo, que só administrou o tempo e garantiu o resultado.
Coletivas de Abel Braga e Crespo
Após o jogo, o ídolo e já conhecido treinador do Inter, porém estreante nesta passagem, falou um pouco sobre a preparação e a parte mental do elenco Colorado, falando bastante sobre honrar a camisa e a torcida, tentando de tudo para escapar na última rodada, quando joga no Beira-Rio.
“Falei antes do jogo que não iria falar do mental, porque para mim não estava fraco. A preparação para o jogo foi muito boa e agora o que nos resta, independente de não depender só mais de nós, mas jogar é pela honra. É a honra que esse clube sempre teve, de ter milhares e milhares de torcedores envolvido num sentimento de muita grandeza, mas não deixa de ser um momento de muita tristeza.” – disse Abel Braga. (Aspas retiradas do GE)
Já do outro lado, Hernán Crespo falou um pouco sobre o momento político do São Paulo, e exigiu que isso não interfira dentro dos gramados em 2026, já que confia muito na qualidade dos jogadores, e não deseja que estes fatores atrapalhem o time esportivamente.
“Que tenham a capacidade de lutar corretamente para chegar à presidência, mas sem afetar o elenco, sem afetar o dia a dia do elenco que é o que mais interessa. Acho que para todos, na questão política, que todos eles têm objetivos individuais, que coloquem todos juntos para um objetivo coletivo em prol do São Paulo.” – disse o treinador argentino. (Aspas retiradas do GE)




