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O clima nos bastidores do Santos ficou pesado após o comportamento de Neymar na derrota para o Flamengo, no último domingo (9). O camisa 10, que voltou ao time depois de ser poupado por questões médicas, se irritou durante a partida e acabou expondo colegas e a comissão técnica. As atitudes do craque incomodaram jogadores, membros da diretoria e aumentaram o mal-estar em um momento delicado da luta contra o rebaixamento.
De acordo com pessoas próximas ao elenco, o atacante demonstrou impaciência desde o início da concentração. Ele se apresentou no Rio de Janeiro apenas no sábado, um dia depois do restante do grupo, com autorização do clube. Apesar de o Santos afirmar que o jogador realizou atividades programadas no CT Rei Pelé, a diferença de tratamento em relação a outros atletas, como o zagueiro Luan Peres, gerou comentários internos.
Em campo, Neymar se mostrou visivelmente irritado. Reclamou de companheiros em diversos lances, especialmente com Barreal e Zé Ivaldo, e chegou a cobrar um tiro de meta no lugar do goleiro Brazão. Segundo relatos, a postura foi considerada “exagerada” e “fora do comum”, afetando até a confiança do time.
Durante o intervalo, o camisa 10 também criticou a arbitragem e chegou a chutar um copo d’água, atingindo colegas. Após a partida, pediu desculpas no vestiário. Mesmo assim, as reclamações repercutiram mal. Dirigentes e jogadores entendem que o comportamento do capitão passa uma imagem negativa e reforça a ideia de que ele não confia na capacidade do elenco.
Apesar do desconforto, o Santos não pretende aplicar nenhuma punição. A diretoria quer evitar novas tensões e manter o grupo unido nas últimas rodadas. “É hora de juntar forças, não de criar divisões”, disse um dirigente em entrevista ao ge.
O técnico Juan Pablo Vojvoda, que também foi alvo de críticas de Neymar ao ser substituído, preferiu minimizar o episódio. Em entrevista após o jogo, o argentino afirmou que o caso foi resolvido internamente.
Sem o atacante em campo nos minutos finais, o Santos reagiu e marcou dois gols, mas não conseguiu buscar o empate. A equipe segue na zona de rebaixamento, com seis jogos restantes no Brasileirão.
Neymar tem sido um dos principais nomes do time, mas a sequência de ausências preocupa. Ele participou de apenas 15 partidas e ficou fora de 17 no campeonato. A diretoria e a comissão técnica esperam que o jogador volte a concentrar esforços dentro de campo e ajude o clube a escapar de novo descenso.
O Santos volta a jogar no dia 15, contra o Palmeiras, na Vila Belmiro, em um clássico que pode ser decisivo na briga pela permanência na Série A.



