Reprodução / Instagram @fluminense
O lateral-esquerdo equatoriano Mario Pineida, de 33 anos, ex-jogador do Fluminense, foi assassinado na noite desta quarta-feira (17), em Guayaquil, no Equador. Atualmente no Barcelona de Guayaquil, o atleta foi baleado em frente a um açougue no bairro de Sanales, segundo informações da imprensa local.
No atentado, a esposa de Pineida também morreu. A mãe do jogador, que estava com o casal no momento do ataque, ficou ferida e foi socorrida. A polícia confirmou que o crime aconteceu em via pública e informou que o caso está sob investigação.
O assassinato ocorreu poucas horas depois de o presidente do Barcelona SC, Antonio Álvarez, revelar que Pineida havia pedido proteção especial ao clube após receber ameaças de morte. Ainda nesta quarta-feira, o elenco da equipe decidiu não treinar como forma de protesto pelos salários atrasados, que já somam quatro meses.
O Barcelona de Guayaquil confirmou oficialmente a morte do jogador por meio de um comunicado nas redes sociais. O clube afirmou estar profundamente abalado e prestou solidariedade aos familiares, informando que detalhes sobre homenagens serão divulgados posteriormente.
Natural de Santo Domingo, no Equador, Mario Alberto Pineida Martínez construiu quase toda a carreira no futebol do país. Além do Barcelona SC, defendeu clubes como Independiente José Terán e El Nacional. Ele atuava no Barcelona desde 2016, com exceção de um período emprestado ao futebol brasileiro.
Pineida jogou pelo Fluminense em 2022, também por empréstimo. Pelo clube carioca, disputou 24 partidas oficiais, somando jogos da Libertadores, Copa Sul-Americana, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Campeonato Carioca. Durante a passagem, deu uma assistência e foi utilizado com frequência como opção no elenco tricolor.
Após o fim do vínculo com o Fluminense, o lateral retornou ao Equador, onde seguiu no Barcelona SC como um dos jogadores mais experientes do grupo. A morte de Pineida acontece em meio a um cenário de violência crescente no futebol equatoriano. Nos últimos meses, ao menos outros quatro atletas foram assassinados no país, incluindo Maicol Valencia e Leandro Yépez, do Exapromo Costa, Jonathan González, ex-Independiente del Valle e LDU, e Miguel Nazareno, de apenas 16 anos, das categorias de base do Del Valle.
