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Davide Ancelotti não é mais o técnico do Botafogo. Desligado do comando da equipe principal após reunião com a diretoria, o treinador italiano se despediu do clube nesta quinta-feira (18) por meio de uma publicação nas redes sociais. A saída ocorreu após divergências com a SAF, motivadas pela decisão da cúpula alvinegra de demitir o preparador físico Luca Guerra, integrante de sua comissão técnica.
Contratado depois da participação do Botafogo no Mundial de Clubes da Fifa, no meio do ano, Davide comandou a equipe em 33 partidas, com 15 vitórias, 11 empates e sete derrotas, alcançando 56,6% de aproveitamento.
Em sua mensagem de despedida, o treinador destacou o envolvimento com o clube e agradeceu a todos com quem trabalhou durante o período no Rio de Janeiro.
“Hoje encerro um capítulo importante da minha vida profissional. Não é simples se despedir de um lugar onde se viveu com intensidade, pressão e emoção, e onde se criaram relações reais.
As decisões fazem parte do caminho e nem sempre cabem em explicações públicas. O que posso dizer é que essa etapa foi vivida com honestidade, entrega e respeito.
Quero agradecer ao clube pela oportunidade e a todas as pessoas que fizeram parte desse período: direção, staff, colaboradores, jogadores e torcedores.
Aos jogadores, pelo trabalho diário e pela forma como enfrentamos juntos os momentos bons e difíceis.
Aos torcedores, pela paixão, pela cobrança e pelo amor ao clube — isso dá sentido a tudo.
Levo comigo aprendizado, gratidão e a consciência tranquila de ter dado tudo o que tinha. Esse capítulo termina, mas o Botafogo permanece em mim.”
Nos bastidores, a avaliação da diretoria é de que mudanças na preparação física eram necessárias. O entendimento interno aponta que o trabalho da área teria contribuído para o alto número de lesões musculares ao longo da temporada e para o desgaste físico do elenco na reta final do Campeonato Brasileiro. A discordância de Davide Ancelotti em relação à saída de Luca Guerra foi determinante para o fim do vínculo com o clube.
