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Mesmo ainda focado na disputa por uma vaga na próxima Conmebol Libertadores, o Botafogo já começou a se movimentar nos bastidores para planejar a temporada de 2026. A diretoria, junto ao departamento de scout, vem realizando análises e sondagens para identificar jogadores com bom custo-benefício, dentro da nova realidade financeira do clube.
Um dos nomes mais bem avaliados é o do zagueiro Riquelme, de 18 anos, que atualmente defende o Sport. O jogador vem sendo observado há semanas pelo time carioca e se encaixa no perfil buscado pela comissão técnica e pela diretoria. As conversas entre os clubes já tiveram início e seguem em tom positivo.
O Botafogo tenta negociar a compra do defensor oferecendo valores somados ao abatimento de dívidas referentes a parcelas atrasadas da contratação do atacante Carlos Alberto, que também veio do Sport. O clube pernambucano avalia Riquelme em cerca de R$ 15 milhões, valor semelhante ao pago anteriormente pelo atacante. No entanto, como o time carioca ainda possui débitos em aberto, existe a possibilidade de redução no valor total da transação, além de o Sport permanecer com uma porcentagem dos direitos econômicos do jovem atleta.
O primeiro contato oficial entre as diretorias aconteceu há cerca de duas semanas, quando o Botafogo buscou informações sobre a situação contratual do jogador e a viabilidade da negociação. A ideia é garantir que as tratativas avancem ainda neste fim de ano, para que o zagueiro possa se apresentar junto com o elenco no início da pré-temporada.
Além de Riquelme, o clube mantém outras sondagens em andamento, embora nenhuma delas esteja em estágio tão avançado. A estratégia da diretoria é avaliar cuidadosamente o mercado e conversar com empresários e dirigentes de outros times para entender quem estaria disponível e disposto a uma transferência dentro do orçamento previsto para o próximo ano.
Essa postura faz parte do novo planejamento financeiro da SAF Botafogo, que prevê um corte de cerca de 30% na folha salarial para 2026. A medida foi determinada por John Textor, dono da Eagle Football e acionista majoritário da equipe, que enfrenta uma disputa judicial com a Ares Management, principal credora de seus investimentos. Diante desse cenário, a ordem é enxugar gastos e priorizar contratações mais econômicas, apostando em jovens talentos e oportunidades de mercado.
Com isso, o perfil dos reforços buscados mudou em relação às últimas duas temporadas. Em vez de grandes nomes, a diretoria procura jogadores promissores, com potencial de valorização e que possam oferecer bom retorno técnico e financeiro.
O foco do Botafogo, portanto, é montar um elenco competitivo, mas financeiramente equilibrado, que permita ao clube seguir disputando títulos e vagas internacionais sem comprometer o orçamento.




