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“Achava que não sabia mais jogar futebol”: a volta por cima de Andrey Santos até a Seleção

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Reprodução / Instagram @andreysantos_5

Andrey Santos, de 23 anos, vive um momento que parecia distante há pouco tempo. Hoje jogador do Chelsea e convocado para a Seleção Brasileira, o volante chega às Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 como titular diante da Bolívia, após superar um início turbulento na Europa.

“Eu chegava em casa e pensava que não sabia mais jogar futebol”, confessou. A frase traduz a sensação do jovem atleta nos primeiros meses na Inglaterra, quando deixou o Vasco para se juntar ao clube londrino. Chegou em janeiro de 2023, aos 18 anos, direto para a pré-temporada dos Blues, e o choque foi imediato: ritmo, intensidade e exigência completamente diferentes daquilo que vivia no Brasil.

Apesar de boas atuações iniciais, optou pelo retorno ao Vasco por empréstimo. Voltou ao Chelsea no meio do ano, fez nova pré-temporada, mas acabou novamente cedido ao Nottingham Forest. A experiência, porém, não trouxe minutos em campo. “É difícil para quem vai tão novo. Você se cobra, quer mostrar serviço, mas o futebol inglês exige adaptação. Eu treinava, mas não jogava. Isso foi o mais duro”, recorda.

A falta de oportunidades abalou sua confiança. “Na base do Vasco, eu era capitão, estava na Seleção. Ser emprestado e não jogar foi um baque enorme. Eu e minha esposa estávamos sozinhos na Inglaterra, foi um período de muita solidão”, relata.

A virada aconteceu na França. Emprestado ao Strasbourg, Andrey enfim encontrou espaço para jogar e crescer. Em 39 partidas do Campeonato Francês, marcou dez gols e deu três assistências, vivendo aquela que ele próprio classifica como “a melhor temporada da vida”. Foram meses de protagonismo, com uma sequência de 17 jogos completos, algo raro para um jovem em início de carreira no futebol europeu.

“O ambiente foi decisivo. Torcida, estafe e companheiros me acolheram. Consegui mostrar meu futebol, me diverti em campo. Foi a primeira temporada completa que tive na Europa e isso mudou tudo”, disse. O desempenho chamou atenção do Chelsea, que o acompanhava de perto. “Sempre havia contato. Scouts e dirigentes me ligavam, mandavam mensagens, me faziam sentir parte do projeto, mesmo estando emprestado.”

O retorno, enfim, aconteceu. De volta a Londres, integrou o elenco campeão do Mundial de Clubes de 2025, participando de quatro partidas na campanha que consagrou o Chelsea.

Hoje, mais maduro, Andrey valoriza o caminho percorrido. “Não me arrependo de ter saído cedo. Sofri, mas cada passo foi importante. Aprendi a lidar com pressão, com a distância da família e, principalmente, com a paciência de esperar a hora certa.”

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