Reprodução/Instagram @Casa Sueli Carneiro
A diretora e roteirista Joyce Prado (38), faleceu na última quinta-feira (11). A morte foi confirmada pelo centro cultural Aparelha Luzia e pela Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan). “É com profundo pesar que informamos o falecimento da nossa querida, doce e afetuosa Joyce Prado, referência para o audiovisual negro brasileiro em todas as suas frentes. Sua trajetória deixa um legado inestimável para o setor, para a comunidade do entorno e família.” – dizia a publicação. A causa da morte não foi divulgada.
“Sua sagacidade, doçura, força, acolhimento e senso de justiça permanecem por aqui sendo uma bússola. A APAN irá honrá-la hoje e sempre. Abraçamos, com imenso carinho e respeito, a família e todos os amigos. Nos acolhemos no luto e compreendemos a necessidade de homenageá-la com todas as honras e belezas que pudermos. Nos despedimos dela simbolicamente numa sexta-feira de Oxalá. Venham de branco ou tragam flores brancas.” O velório e o sepultamento aconteceu no Memorial Parque Jaraguá, em São Paulo, e aconteceu das 11h às 15h.
Conheça o legado de Joyce Prado, figura importante para o audiovisual negro e o cinema brasileiro

Além de diretora e roteirista, Joyce foi cineasta e fundadora da Oxalá Produções, que coloca em destaque a cultura afro-brasileira. Ademais, era considerada uma daz vozes mais premiadas da geração, e é muito conhecida por seu trabalho “Chico Rei Entre Nós“, e pela direção do videoclipe “Terra Aféfé” de Margareth Menezes. Trabalhou como roteirista em “The Beat Diaspora“, série que aborda a música africana, o funk, o dancehall e o reggaeton. A obra está disponível no canal do Youtube do Kondzilla, um dos maiores grupoa de administação do funk no Brasil.
Criação da APAN
É diretora de alguns videoclipes de Luedji Luna, como “Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água” e “Banho de Folhas. Vale ressaltar que Joyce Prado é fundadora da APAN (Associação de Profissionais Negros do Audiovisual), que luta pelo protagonismo negro no cinema nacional. A APAN é uma organização sem fins lucrativos criada com o objetivo de lutar contra o racismo na indústria audiovisual, promovendo políticas afirmativas de inclusão.
Participou de laboratórios internacionais como o Rotterdam Lab (Holanda), Berlinale Talents (Alemanha) e Ventana Sur (Argentina). Um de seus trabalhos recentes de destaque são – The Beat Diáspora (YouTube Originals) e Ancestralidades (canal Arte 1). O Ministério da Cultura (MinC) também lamentou o falecimento de Joyce Prado: “O Ministério da Cultura se solidariza com a família, amigas, amigos, colegas e todas as pessoas que foram tocadas por sua obra e sua trajetória”, diz a nota.
Em suas redes sociais, a ministra da cultura Margareth Menezes também prestou homenagem: “Soube hoje pela manhã da passagem da querida Joyce Prado. O audiovisual brasileiro perde um de seus talentos muito cedo. Joyce foi a diretora do meu clipe ‘Terra Aféfé’, e através de seu olhar cuidadoso, criativo e sensível eternizou uma música muito especial para mim. O legado de Joyce seguirá vivo em nós” – finalizou.
(Com informações da CNN e Correio 24 hotas)




