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Mãe pede justiça após morte de Tainara Souza, vítima de atropelamento cometido pelo ex-namorado em SP

Reprodução/Redes Sociais

A morte de Tainara Souza, confirmada na véspera de Natal, gerou comoção e revolta nas redes sociais. A jovem não resistiu às graves complicações causadas após ser atropelada e arrastada pelo ex-namorado, Douglas Alves, em um crime ocorrido no fim de novembro, na zona norte de São Paulo. Internada por cerca de 25 dias, ela passou por três cirurgias de grande porte, mas teve o quadro agravado nos últimos dias e faleceu por volta das 19h do dia 24 de dezembro.

A mãe da vítima, Lúcia Aparecida da Silva, usou as redes sociais para comunicar a perda e expressar a dor da família. Em uma mensagem emocionada, ela descreveu a filha como uma guerreira e afirmou que, apesar do sofrimento, acredita que o descanso chegou. Lúcia também fez um apelo por justiça e agradeceu as manifestações de apoio recebidas desde que o caso veio a público.

Durante o período de internação no Hospital das Clínicas (HC), Tainara enfrentou procedimentos extremamente delicados, incluindo a amputação das duas pernas, cirurgia plástica de reconstrução e uma traqueostomia. Pouco antes da morte, os médicos precisaram realizar uma nova amputação, desta vez na região da coxa, em razão do agravamento do estado de saúde.

O crime aconteceu no dia 29 de novembro, no bairro Parque Novo Mundo. Segundo a investigação, Douglas Alves teria iniciado uma discussão com a ex-companheira por ciúmes e, em seguida, a atropelado. Tainara ficou presa ao veículo e foi arrastada por cerca de um quilômetro até a Marginal Tietê. Imagens de câmeras de segurança e vídeos gravados por outros motoristas registraram o momento em que a vítima aparece caída, agarrada ao carro, enquanto testemunhas tentavam alertar o condutor, sem sucesso.

Após fugir do local, Douglas foi identificado e preso pela Polícia Civil. No momento da abordagem, ele ainda tentou pegar a arma de um dos agentes e acabou sendo atingido no braço. O caso segue sob investigação, e a família aguarda que o responsável seja responsabilizado pelo crime.

Tainara deixa dois filhos: um menino de 12 anos e uma menina de 7.

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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Natuza Nery se emociona ao comentar sobre o crime

Durante o Edição das 18, da GloboNews, Natuza Nery não conteve a emoção ao falar sobre o crime que resultou na morte de Tainara Souza Santos. Ao analisar as imagens que registram o momento do ataque, a jornalista destacou o impacto profundo do vídeo e o que ele revela sobre a realidade enfrentada por mulheres no país. “De maneira brutal, me mostrou, ou reafirmou, o que é ser mulher em um país violento como o Brasil”, afirmou a apresentadora ao iniciar o comentário.

Natuza descreveu a cena exibida e chamou atenção para a exposição da vítima após ser arrastada. “Alguém a filma já deitada no asfalto e ela não tinha a parte de baixo da roupa, que foi arrancada com o atrito com o asfalto, e ela é filmada. Alguém diz para ela que o socorro iria chegar”, relatou. Em seguida, a jornalista destacou um gesto que, segundo ela, foi especialmente marcante mesmo diante da brutalidade do ataque.

“Mesmo depois de tudo, a parte de baixo está exposta e ela, sem nenhuma parte das costas, porque a pele foi arrancada, cobre, com as duas mãos, as partes íntimas dela. Isso me calou fundo, além da brutalidade. Inconscientemente, ela protegeu a parte íntima para não ser exposta”, disse Natuza, visivelmente abalada.

Ao concluir, a apresentadora ampliou a reflexão para a educação e a responsabilidade social no combate à violência de gênero. “Todos os dias, temos que ensinar os nossos filhos a nunca agredir uma mulher. E temos que ensinar as nossas filhas a nunca, nunca perdoar uma agressão psicológica e muito menos física. Do contrário, vamos continuar sendo o quinto país mais violento do mundo para as mulheres. E quatro de nós, em média, por dia, vão embora por causa do feminicídio”.

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Foto: Reprodução/Globonews

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