Reprodução/Redes Sociais
O Santuário de Elefantes Brasil (SEB), na Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, anunciou na última quarta-feira (17), a morte da elefanta africana Kenya. O animal tinha 44 anos de idade, e faleceu dois meses após a morte de outra elefanta que também residia no santurário – a elefanta Pupy. A organização afirmou que as duas mortes não estão relacionadas, e que as autópsias estão sendo realizadas. Kenya veio da Argetina e sofreu de diárreia crônica por muito tempo, infecções, falta de cuidados médicos e dieta inadequada e precária, fatores que dificultaram e fragilizaram ainda mais seu estado de saúde físico e mental.
A condição médica e o estado da elefanta Kenya
“Por meio de radiografias, ficou imediatamente evidente que ela sofria de osteomielite severa, com a ausência do último dígito em grande parte de seus dedos, além da perda do segundo dígito do dedo externo de suas patas dianteiras. O cotovelo que vinha causando desconforto e apresentava sinais claros de mau funcionamento mostrou evidências de degradação articular crônica, com líquido sinovial anormal, que ainda será analisado.”
“Havia nódulos, úlceras, um grande cisto e outros problemas envolvendo diferentes órgãos da cavidade abdominal. No entanto, a questão mais significativa estava em seus pulmões, que, segundo o patologista – avaliação reforçada por imagens analisadas por um veterinário especializado em grandes animais – indicava alta probabilidade de tuberculose. A doença estava em estágio avançado, com infiltrações granulares em ambos os pulmões, além de colapso alveolar. Todos os achados macroscópicos de relevância médica eram crônicos, o que indica que se tratava de uma condição presente antes de sua chegada ao Brasil” – afirmou o santurário em nota divulgada no portal Um Só Planeta.

Ainda segundo as informações do portal, a elefanta começou a apresentar sinais de saúde debilitada na semana passada. Ela estava com uma condição articular na pata dianteira direita, e os cuidadores perceberam que sua respiração estava diferente.

Os dias finais de Kenya no santuário e homenagens dos cuidadores
“Como elefantes costumam mascarar doenças, iniciamos imediatamente injeções de antibiótico.” Ela apresentou melhora, mas logo piorou novamente, e não conseguia mais se deitar. No dia seguinte, acabou falecendo. “Sua respiração mudou e ela soltou um suave trombetear de filhote enquanto partia de forma rápida e tranquila.” Dados iniciais da necropsia indicam morte por tuberculose avançada. Em julho deste ano, Kenya foi transferida do Ecoparque de Mendoza, na Argentina, para o santuário em Mato Grosso. O animal chegou aos quatro anos na Argetnina, onde viveu em cativeiro até o parque encerrar a manutenção de elefantes em cativeiro. Ela foi transportada em uma caixa especial e adaptada com câmeras para monitoramento, preservando o bem estar da elefanta. Em 9 de julho, ela chegou à instituição, e evento foi transmitido ao vivo pelas redes sociais.
“Kenya encontrou um lugar aconchegante no coração de todos nós, e vamos guardar esse calor com carinho por muitos e muitos anos“
(Com informações do portal Um Só Planeta)




