Home / Famosos / Hytalo Santos nega intenção sexual em vídeos com menores e diz que apenas retratava a cultura da periferia

Hytalo Santos nega intenção sexual em vídeos com menores e diz que apenas retratava a cultura da periferia

WhatsApp Image 2025 11 30 at 23.03.41 1

Reprodução / Instagram @gshow

O influenciador digital Hytalo Santos voltou a negar que seus vídeos com adolescentes tivessem caráter sexual. Em depoimento exibido neste domingo pelo Fantástico, da Globo, ele declarou sentir-se injustiçado pelas acusações feitas pelo Ministério Público da Paraíba, que o acusa, junto ao marido, Israel Vicente, de tráfico de pessoas, exploração sexual e produção e compartilhamento de pornografia infantil.

Nas imagens exibidas pelo programa, Hytalo aparece afirmando que sempre acolheu e ajudou os jovens que participavam de seus conteúdos e que sofre por estar respondendo ao processo. Segundo sua versão, o material que publicava mostrava apenas coreografias e momentos ligados ao brega funk, ritmo forte na periferia de Recife e João Pessoa. O influenciador insistiu que jamais gravou cenas pornográficas e disse que muitos passos de dança são interpretados equivocadamente por quem desconhece o contexto cultural da região. Para ele, tudo fazia parte da expressão artística típica das comunidades onde cresceu.

O Ministério Público sustenta que os vídeos apresentados pelo casal envolviam adolescentes, alguns deles vivendo na casa dos influenciadores em um condomínio fechado em Bayeux, na região metropolitana da capital paraibana. Durante o interrogatório, o promotor questionou se Hytalo tinha consciência de que parte do público poderia considerar o conteúdo erótico. Ele respondeu que suas publicações alcançavam milhares de comentários e que, segundo sua percepção, o foco das reações estava nos personagens e na força das apresentações, e não em interpretações de cunho sexual.

Hytalo também afirmou que não recebia pagamento das plataformas por vídeos com menores e que sua renda vinha de publicidade e rifas autorizadas. Ao ser questionado se os adolescentes eram remunerados, declarou que ajudava os pais por iniciativa própria, e não por qualquer acordo formal.

Ex-funcionários que prestaram depoimento afirmaram que não viam conteúdo pornográfico nas gravações, embora tenham reconhecido que não tinham acesso total ao interior da residência.

O caso ganhou repercussão depois que o influenciador Felca publicou um vídeo denunciando o que chamou de adultização de crianças na internet. A gravação viralizou e motivou o GAECO, do Ministério Público da Paraíba, a pedir a prisão de Hytalo e do marido. Os dois foram detidos em São Paulo e levados para o estado, onde continuam presos. A defesa tentou reverter a decisão, mas o pedido foi negado. O advogado Sean Kombier Abib sustenta que, embora alguns vídeos possam ser vistos como sensuais, isso não caracteriza crime, já que a lei trata especificamente de pornografia, o que, segundo ele, não estaria comprovado.

Além do processo criminal, o casal também é alvo de uma ação do Ministério Público do Trabalho, que acusa Hytalo e Israel de manter um esquema de tráfico de pessoas voltado à exploração sexual e de submeter menores a condições análogas à escravidão. A defesa ainda não apresentou manifestação no âmbito trabalhista.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *