Reprodução: Divulgação/Youtube/HBO Max Brasil
A apresentadora Adriane Galisteu, de 52 anos, vai revisitar uma das fases mais marcantes de sua vida na série documental “Meu Ayrton”, que estreia no dia 6 de novembro na HBO Max. A produção, dividida em dois episódios de 45 minutos, promete mostrar o lado mais humano e íntimo de Ayrton Senna, tricampeão mundial de Fórmula 1, e revelar detalhes inéditos do relacionamento que o casal viveu entre 1993 e 1994.
Em entrevista à revista Quem, Galisteu explicou que a decisão de revisitar o passado surgiu de forma natural, após anos evitando falar publicamente sobre o assunto.
“Comecei a pensar nisso muito em função do que as pessoas queriam também. Eu tenho essa história contada de um jeito muito diferente no livro O Caminho das Borboletas. Eu tinha encerrado a minha relação ali. Mas ali era uma menina de 20 e poucos anos contando uma história que ela podia contar naquele momento. Qual é a grande diferença? Hoje eu posso revisitar e contar essa história profundamente de fato, sem nenhuma censura.”
A apresentadora revelou que o documentário também busca mostrar um Senna pouco conhecido do público, distante do mito e mais próximo do homem real.
“Ele é um homem digno de nunca ser esquecido, mas nunca ninguém contou esse lado humano dele, e humanizar um ídolo também é importante.”
Galisteu destacou que o piloto foi fundamental em sua trajetória e que a lembrança dele segue como fonte de força.
“Ele foi muito importante na minha história. Eu nunca carreguei isso como fardo. Carrego isso como um escudo, isso me dá força.”
Ao relembrar o impacto da tragédia, Adriane contou que a perda de Senna a transformou profundamente.
“Me deixou a urgência de realizar sonhos, e acho isso um presente. Porque a gente às vezes esquece que a vida já está sendo vivida e fica esperando sempre o melhor momento para as coisas. Não tem esse melhor momento e não vai chegar. Ou você faz a hora acontecer, ou você vai se lamentar depois.”
A ideia do documentário nasceu após o lançamento da série “Senna”, da Netflix, que contou a história do piloto, mas ignorou a relação com Galisteu a pedido da família. Na época, a apresentadora teve apenas 2 minutos e 34 segundos de aparição, enquanto outras ex-namoradas, como Xuxa Meneghel, ganharam destaque maior.
“Pelo menos para mim, a única novidade é que talvez agora eu esteja considerando a possibilidade de contar para vocês esse último ano e meio da minha vida ao lado dele. E eu acho que vocês vão amar — tenho certeza absoluta que vocês vão amar.”
Determinada a mostrar sua versão, Galisteu anunciou Meu Ayrton durante o Rio2C, em maio.
“Nesse doc, estou abrindo todas as caixinhas que estavam trancadas. Estou mexendo em todas elas de novo. Isso tem mexido comigo, mas tem sido incrível.”
Em recente participação no programa Lady Night, ela confessou que reviver o passado tem sido um desafio emocional.
“Não está sendo fácil gravar esse documentário, mas está sendo também muito emocionante reviver e poder contar essa história para uma geração nova. Minha história também merece ser contada.”
Além das lembranças pessoais da apresentadora, Meu Ayrton contará com depoimentos de amigos e personalidades próximas ao piloto, como Emerson Fittipaldi, Jacir Bergmann II e Luiza Almeida Braga.
“É um conto de fadas às avessas”, resume Galisteu, ao definir a relação que marcou para sempre sua vida — e agora será compartilhada com o público, três décadas depois.
Ao olhar para o passado, Galisteu demonstra orgulho e gratidão. “Vejo o quanto aprendi com tudo que vivi ao lado dele. Mesmo trilhando meu próprio caminho, percebo que parte da força que me move vem dessa história. Ela me ajudou a ser quem sou hoje”, afirmou.




