Home / Esporte / Final da Libertadores em risco: estado de emergência pode tirar decisão de Lima

Final da Libertadores em risco: estado de emergência pode tirar decisão de Lima

2025 03 17t235639z 447769065 up1el3h1uieo1 rtrmadp 3 soccer libertadores draw

Reprodução / Instagram @libertadores

A final da Copa Libertadores de 2025 corre o risco de mudar de sede após o governo peruano decretar estado de emergência em Lima. A capital do país, que receberia a decisão no dia 29 de novembro, vive um momento de instabilidade política e social, o que acende o alerta na Conmebol e entre os clubes ainda na disputa.

O decreto, anunciado pelo presidente interino José Jerí, estabelece o estado de emergência por 30 dias e permite a presença das Forças Armadas nas ruas. A medida foi tomada para conter uma onda de protestos que se intensificou nas últimas semanas e que tem provocado bloqueios, depredações e confrontos com a polícia. Embora não haja toque de recolher, o governo reforçou a segurança e impôs restrições para eventos de grande porte, como shows e partidas de futebol.

Com isso, a realização da final no Estádio Nacional de Lima passou a ser incerta. A Conmebol ainda não se manifestou oficialmente sobre uma possível mudança, mas acompanha a situação de perto. A entidade teme que a instabilidade comprometa a segurança de torcedores, atletas e delegações.

A preocupação é compreensível: em 2019, o Chile enfrentou uma crise semelhante e a final, que seria em Santiago, acabou transferida para Lima às pressas. Agora, seis anos depois, o cenário pode se inverter.

Caso seja necessário mudar a sede novamente, a Conmebol precisará agir rapidamente. A decisão está marcada para daqui a pouco mais de um mês, e toda a logística de viagem, hospedagem e ingressos já está em andamento. Alterações de local poderiam gerar grandes prejuízos para patrocinadores e torcedores.

Nos bastidores, outras cidades da América do Sul já são cogitadas como alternativas emergenciais. Buenos Aires, Montevidéu e Assunção são vistas como opções viáveis, por já terem sediado decisões anteriores e possuírem estrutura adequada para receber um evento desse porte.

O estado de emergência em Lima é reflexo de uma crise política que se arrasta no Peru. O país tem enfrentado sucessivas trocas de presidentes e protestos constantes desde 2020. José Jerí assumiu interinamente o governo após a saída de Dina Boluarte, e sua administração vem sendo contestada por diferentes grupos. As manifestações, inicialmente concentradas em pautas econômicas, evoluíram para críticas mais amplas ao sistema político.

Apesar da tensão, o governo peruano afirma que a medida é temporária e visa apenas garantir a segurança pública. Mesmo assim, o clima é de incerteza. Autoridades locais reconhecem que a realização de um evento internacional desse porte exigirá avaliação constante das condições políticas e de segurança nas próximas semanas.

Enquanto isso, os clubes classificados para as semifinais seguem suas preparações sem saber onde será o palco da grande decisão. A Conmebol deve se reunir nos próximos dias para avaliar relatórios de segurança e definir os próximos passos.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *