Após os recentes casos de intoxicação por bebidas no estado de São Paulo, um novo episódio chamou atenção da população: um homem de 50 anos precisou ser internado em Garça, interior de São Paulo, após passar mal ao consumir água mineral da marca Mineratta. O caso ocorreu na sexta-feira (10/10/2025) e está sendo investigado pelas autoridades devido à possível contaminação do produto.
O que aconteceu
Segundo relato da vítima, Alexandre Carpine, ele pegou duas garrafas lacradas da geladeira do local onde trabalha. Assim que tomou os primeiros goles, percebeu algo errado: “Achei que era uma água com gás muito ruim, que estava no lugar errado”, contou ao G1.
Pouco tempo depois, Alexandre começou a apresentar forte queimação na garganta e vômitos com presença de sangue, sendo imediatamente levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Durante o atendimento, uma enfermeira que entrou em contato com a garrafa também teria sofrido queimaduras nas mãos, demonstrando o risco potencial do lote consumido.
Exames médicos posteriores revelaram lesões no esôfago e estômago, e Alexandre precisou receber alimentação por sonda. Atualmente, ele segue em recuperação, sob dieta especial e com acompanhamento contínuo. A vítima afirmou que seu quadro melhorou significativamente desde o atendimento inicial.

Investigação e apreensão do lote
A Polícia Civil informou que todas as garrafas do lote consumido foram apreendidas na empresa onde Alexandre trabalha, em duas distribuidoras e no hospital. As amostras foram encaminhadas para perícia. O lote 253.1, fabricado em 10/09/2025 e com validade até 10/09/2026, é alvo do alerta da Secretaria de Saúde de Garça, que recomenda que a população não consuma água mineral desse lote até a conclusão das análises.
A água foi engarrafada em uma fábrica de Pinhalzinho (SP) e distribuída em Garça. Até o momento, a Polícia Civil não consegue determinar em qual etapa ocorreu a possível contaminação. Uma primeira inspeção na fábrica, realizada por equipes da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária, não identificou irregularidades aparentes. A investigação seguirá em andamento para esclarecer todos os detalhes do incidente.
Posição da distribuidora
A DBG Distribuidora de Bebidas Garça, responsável pela distribuição do produto, afirmou à CNN Brasil que está acompanhando o caso e colaborando integralmente com as investigações. Em nota, a empresa destacou que o lote 253.1 foi inspecionado e não apresentou alterações visuais, químicas ou organolépticas que pudessem justificar o incidente. A distribuidora também reforçou o compromisso com a segurança dos consumidores e disse que seguirá as orientações das autoridades para evitar novos problemas.
Outros casos e alertas à população
Além de Alexandre, uma segunda pessoa também relatou sintomas após consumir água do mesmo lote, mas recebeu atendimento e foi liberada. A Secretaria de Saúde de Garça e a Vigilância Sanitária reforçam que é fundamental que a população evite consumir qualquer produto do lote 253.1 da Mineratta até que os resultados das análises laboratoriais sejam divulgados.
Especialistas em saúde alertam que a ingestão de água contaminada pode causar intoxicações graves, queimaduras gastrointestinais e complicações digestivas, sendo essencial procurar atendimento médico imediato ao perceber qualquer sintoma.
Segurança da água mineral e prevenção
Água mineral é, em geral, um produto seguro, mas casos isolados de contaminação podem ocorrer devido a problemas no envase, armazenamento inadequado ou contaminação química. Por isso, é importante sempre verificar a data de validade, o lacre e possíveis alterações visuais ou odorantes antes de consumir qualquer produto.




